O CANTINHO DO BOM HUMOR NESTES TEMPOS DE PANDEMIA Y OTRAS COSITAS MÁS(o acento é proposital)
(UM BL😁G DE (POUCO RESPEITO)
ESTRANHOS VIZINHOS!
JOÃO era caixeiro viajante há quase vinte
anos e ainda não se acostumara com hotéis;se é que se pode chamar de hotel os
bate-freges que era obrigado a se hospedar por esses brasis afora.
Por isso, ficou contente quando chegou naquela
cidadezinha perdida no fim- do- mundo e
hospedou-se no único hotel da cidade onde lhe deram um quarto,cujos vizinhos,um casal de
velhos setentões,pareciam bastante calmos.
-Graças aos céus! disse.Estes, com
certeza,vão me deixar dormir tranqüilo.
Deve-se esta exclamação de alivio,aos
pesadelos de noites anteriores,onde,nos quartos vizinhos,caminhoneiros e
putas,enchiam o ar de gemidos,palavrões e berros obscenos.
Pois bem,nosso amigo,sossegado,depois de um
banho reparador,atirou-se na cama e pegou no sono.
De repente,acorda.Através da parede fina,ele
escuta duas respirações ofegantes.E ouve a voz da velhinha:
-Oh,Miguel!Assim,não!Põe-te por cima que
entra melhor.
João pensou:-Papagaio!prá gente da vossa
idade,os dois não vão mal.
E começou a prestar atenção no dialogo.
-Miguel,te esforça melhor,não entra, não!
-E esta agora!pensa João.Que velha mais
assanhada!
O velho fala:
-Amor,não posso mais!Tem pena do teu
marido,estou morto de cansado!olha,meu bem,fica tu,agora,em cima,talvez entre!
João,apesar do sono,começou a rir.Que pega
prá capá mais divertido,pensou.Enquanto ria,ouviu a voz da velha:
-Não entra,não vês!?Mas,há um jeito;vamos
ficar os dois de cima.
João parou de rir;Pombas!olha que já vi de
tudo nesta vida,menos disso.Esta,quero ver.E subindo no leito,ficou na ponta
dos pés,olhando para o quarto do vizinho através de um buraco na parede de
adobe.De repente,soltou uma gargalhada.Os dois velhinhos estão sentados em cima
de uma enorme mala de couro,na qual se apoiam com todas as suas forças,na intenção
de fechá-la.
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