O Padre,as beatas e o pecado Cidade pequena,pacata e muito religiosa.Missas,novenas,procissões,responsos e ofícios.Todos unidos aos pés da Santa cruz,udenistas,pessedistas,comerciantes,matutos e letrados.O vigário,um bom-vivant,de meia idade,mas,muito lampeiro,amigo de uma cervejinha aos domingos,de um joguinho de dominó,e de umas visitas semanais a uma certa rua de canto,onde morava a mulata Lucinda,a de olhos de azeitona,que lhe recebia com devoção e afeto,pois,levar a cruz da Senhor é tarefa pesada e tem que ter suas compensaçõeszinhas,afinal,ninguém é de ferro.O padre ouvia as confissões da mulherada,com um misto de horror e compreensão;numa cidade pequena como esta as mulheres davam mais que chuchu na serra,fornicavam valentemente e não era com seus respectivos maridos.Cansado de ouvir as mesmas confissões toda hora e achando,com razão,que seu ouvido não era penico o padre fez um trato com as transgressoras:elas falavam:-padre,eu escorreguei,todas as vezes que cometessem o pecado da carne.E,assim,iam Nesta vidinha pacifica até que transferiram o padre para outra paróquia.Quem o substituiu foi um velho vigário italiano,caladão,rígido nas leis da Igreja,todo voltado para suas obrigações e responsabilidades. As beatas continuaram se confessando da maneira antiga e o velho e inocente padre lhes dizia:-vai em paz,filha,escorregar não é pecado.Mas,já estava se enchendo com aqilo e foi visitar o Prefeito.Queixou-se das ruas,que não eram seguras,as mulheres escorregavam demais,podiam quebrar braços e pernas,isto não era legal;pedia providencias ao prefeito;este,que sabia da marosca,riu ás bandeiras despregadas na cara do Vigario,que indignado,aplopético lhe disse:-Ria,ria mesmo,ria muito,porque a mulher que mais escorrega é a sua.E saiu bufando. | |||
*Gosta de humor? Já pediu "CONTOS APIMENTADOS",CARA PÁLIDA? Querida Colega, Na manhã de ontem recebi os seus livros. Ontem mesmo, entre a tarde e a noite, os li. Gostei muito do “A Bahia de Outrora”. Descobri no seu livro pormenores e curiosidades sobre a Boa Terra que eu não sabia. Uma pena que você só o tenha publicado pela primeira vez em 2010. Alguns anos antes, ele teria sido uma ótima referência bibliográfica para mim. De fato, afora ser de leitura agradável, este seu livro tem conteúdo muito rico. Ganhei muito em lê-lo. Guardarei com carinho. Fazia algum tempo que eu não me permitia ler nada, por assim dizer, “leve”. E achei divertido os seus “Contos Apimentados”. Volta e meia me lembrava de histórias ouvidas em casa dos meus avós, no Oeste da Bahia. Aliás, já me aconteceu situação semelhante àquela sua com a Brasília “cor de gema batida” (estou citando de memória). A diferença é que o cidadão me surpreendeu dentro do carro dele. Que vexame! Se eu não tivesse carteirinha de jornalista, possivelmente teria ido em cana. Enfim, Querida, parabéns e obrigado. Seus livros me chegaram em boa hora. Bem no dia que eu entregava a última revisão de “O Fundador”, e antes de recomeçar o próximo livro da Saga dos Hereges: o período de Maurício de Nassau como governador do Brasil Holandês. Beijinhos d’além-mar, Aydano-- |
terça-feira, 17 de maio de 2011
O PADRE, AS BEATAS E O PECADO!...
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Você ajudou a abrilhantar a 19ª edição do Fala Escritor e literalmente apimentou o evento (Risos)... Estou passando para deixar carinho, apreciar o seu trabalho e deixar um xero, que coisa de um bom baiano(Risos)!
ResponderExcluirAi,que xêro mais gostoso Pinho.
ResponderExcluirTe amo,caro poeta. bjks
ESCOREGAMOS MESMO É DE RIR COM TEUS CAUSOS MIRIAM...MARAVILHOSOS...VC É UMA FIGURAÇA EM FORMA DE ESCRITORA...BJSSS POÉTICOS !!!
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